Esboço de Sermão
Texto Base: Rm 4.18-21
Introdução:
1. Abraão passou por momentos de preocupação e ansiedade (Gn 17.17,18), no entanto, Deus não viu nessas manifestações nada que pudesse comprometer a sinceridade da fé de Abraão.
2. A fé madura e firme não se recusa a reconhecer a realidade das dificuldades, mas as enfrenta com a segurança de quem tem plena certeza de que o Senhor dos exércitos, que está à sua frente, é também seu Pai amoroso.
3. A pergunta que fica é: Como aguardar a promessa de Deus?
Em primeiro lugar, esperando contra a esperança:
1. (v. 18): “Abraão, esperando contra a esperança, creu...”.
2. Abraão sabia muito bem qual era a situação dele e de sua esposa Sara. Mesmo assim, ele não duvidou da promessa de Deus, pois tinha certeza de que Deus podia fazer o que havia prometido.
3. (v. 19): “... sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara”: Sara era dez anos mais nova que Abraão, todavia há muito passara da idade de gerar filhos, além disto, era estéril (Gn 11.30).
4. (v. 19): “... embora levasse em conta...”: Significa que “Abraão reconheceu”. A fé não recusa a enfrentar a realidade, mas ultrapassa todas as dificuldades, olhando para Deus e suas promessas.
5. Quando se esgotara toda a esperança – segundo as possibilidades humanas -, Abraão depositou em Deus a sua fé.
Em segundo lugar, não duvidando da promessa:
1. (v. 20): “não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus...”.
2. Confiando no poder de Deus (v. 17), Abraão adquiriu segurança de que a promessa se cumpriria.
3. (v. 18): “... segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência” e (Gn 15.5): “Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade”.
4. Paulo mostrou que a fé genuína está voltada para Deus e não para o homem, para a palavra divina e não para a situação humana.
5. Ilustração: O meu pai é o piloto.
Em terceiro lugar, fortalecendo-se pela fé:
1. (v. 19): “... sem enfraquecer na fé”:
a) O enfraquecimento da fé acontece quando a dúvida corrói a confiança da pessoa na Palavra de Deus.
b) Abraão passou por alguns momentos de inquietação (ler Gn 17.15-19), mas Deus não computou contra ele.
2. (v. 20): “... pela fé, se fortaleceu...”: Abraão precisava também desenvolver ou amadurecer a sua fé. Ou seja, a sua fé precisava passar pela provação. Não é o mesmo entre nós?
3. Três coisas formam um cristão: meditação da Palavra de Deus, vida de oração e tribulação.
Em quarto lugar, dando glória a Deus:
1. (v. 20): “... dando glória a Deus.”
2. As obras são a tentativa desesperada da humanidade para conquistar algum direito de reivindicar o favor de Deus.
3. Abraão demonstrou que a fé é a simples e sincera disposição do coração do crente em dar glória a Deus:
a) Primeiro, pelo que já recebeu.
b) Segundo, pela resposta amorosa que virá do seu Pai.
4. Dar glória a Deus é um sinal de fé, tendo em vista que fé é depender do poder de Deus e confiar na palavra da promessa dele (v. 21).
5. Abraão obedeceu fielmente ao padrão dos atributos revelados de Deus (cf. 1.20), e, por isso, a glória divina se manifestou na sua vida.
Conclusão e Aplicações:
1. Abraão não fugiu da dificuldade, mas também creu em Deus. NÃO PODEMOS FUGIR DAS LUTAS, MAS ENFRENTÁ-LAS E VENCÊ-LAS.
2. Paulo afirma que Deus é capaz de criar do nada (como fez com o próprio Universo) e dar vida aos mortos, uma alusão ao nascimento de Isaque, quando Abraão e Sara há muitos anos estavam estéreis (Gn 18.11). DEVEMOS CONFIAR QUE DEUS TEM SOLUÇÃO PRA TUDO NA VIDA.
3. Um pai sábio e amoroso não dá tudo o que seu filho pede, mas procura proporcionar-lhe sempre o melhor. DEUS NUNCA PROMETEU QUE TODOS OS NOSSOS PLANOS DARIAM CERTO, MAS QUE NENHUM PLANO DELE DARIA ERRADO.
4. A ênfase não é a fé de Abraão nem a nossa fé, mas o Deus que nos proporciona fé em Jesus Cristo. DEVEMOS GLORIFICAR A DEUS POR TUDO QUE NOS FEZ, FAZ E FARÁ, MAS ACIMA DE TUDO, PELO QUE ELE É.
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